terça-feira, 5 de maio de 2009

Tempo para sair do casulo

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Estive pensando: nunca duvidei que meninas amadurecem mais cedo que meninos. Principalmente porque eu mesma assim o sentia, oh, criatura prepotente que sou. Pois é. Até chegar um belo dia e eu olhar um pouco mais atentamente para uma das componentes desse grupo, a minha pessoa.

E descobrir que a famigerada maturidade deu as caras por aqui agora, à beira de minhas 21 primaveras. Sim, não foi com 16, nem 18, nem 20. Com 21. Tá, não é lá uma idade tão idosa (idade idosa xD), mas também não é um padrão. Não é padrão porque as pessoas normalmente se preocupam com seus propósitos de vida - profissão, viagens, namoros - na adolescência, e estas fichas foram cair para mim agora-agorinha-agorão. Certo, para fins de esclarecimento de prováveis perguntas como "como assim, Ariane, em que mundo você vive?" ou "mas o que diabos você esteve fazendo até agora?" eu respondo. Não que eu me considere uma fanfarrona do último grau, uma boa-vida descarada ou ainda algum tipo de altista. Não, eu sou normal, e o problema não é tanto de perfil. Sou assim, digamos, uma criatura tranquila, que não dá muito trabalho para os outros. O problema está todinho na disciplina. Ou melhor, na preguiça. O drama foi perceber o quão terrivelmente acomodada eu sou. O quanto de tempo perdi com sonhos e devaneios e planos e projetos mal pensados, enquanto estudava e frequentava os lugares errados. Faculdades, cursos, profissões, viagens. A ausência dessas coisas foi traduzida num sentimento: o vazio. Aquela agonia desgraçada.

Agora vejam: imaginem um garoto que precise desde a tenra idade se responsabilizar por sua vida - e juntamente pela de outros, como acontece por aí - e ainda assim continue brincalhão, namorador e pirracento; agora uma garota que dispõe de uma vida com mais facilidades, e se mostre obediente, meiga e estudiosa. Eu apostaria mil vezes que o garoto cresceu primeiro.

Esse assunto permite centenas de pontos de vista, e eu, como parte das senhoritas que quebraram a regra, vou para o grupo dos que preferem não rotular. Maturidade é psicológico demais, pessoal demais. Não tem idade, sexo, etnia, que seja. Prefiro pensar que seja na idade certinha, seja precoce ou tardiamente - é nozes! - o importante é ela sempre aparecer.

3 comentários:

  1. Quanto mais velho eu fico, mais imaturo me sinto. Lembro de quando era um pirralho e pensava: "Nao posso mais fazer essas coisas, eu ja tenho 8 anos!"
    Hoje penso frequentemente: "Ainda tenho so 22 anos, sou um moleque..."

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  2. nossa, eu não amadureço por nada. É involuntário e estranho. Deprimente talvez... seja como for, acho que te entendo. :)

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